domingo, 26 de abril de 2020

Um almoço de conto de fadas - à mesa com três rainhas


A nossa terceira visita imaginária convida-vos a descobrir um almoço muito especial. A ideia é simples: imaginemos que vamos participar no almoço oferecido a 24 de março de 1905, no Paço Real de Sintra (Palácio da Vila), oferecido por Suas Majestades a rainha viúva D. Maria Pia e o filho, o rei de Portugal, D. Carlos. A convidada muito especial é a rainha Alexandra do Reino Unido.



Esta viagem pelo tempo tem as seguintes etapas:

1) Preparação do almoço de 24 de março de 1905, em Sintra
2) A ementa

A azáfama dos preparativos, para os quatro dias de recepção à Rainha Alexandra, foi muito grande. A própria rainha viúva D. Maria Pia (com o seu chefe de mesa, o comendador António Duarte) orquestrou com muito rigor a seleção dos serviços de mesa, as decorações, as ementas, as atividades culturais e os passeios.

A rainha (consorte) Alexandra do Reino Unido casou em 1863 com o príncipe de Gales, Albert Edward de Saxe-Coburgo e Gotha, posterior Edward VII, em 1901. A visita que a traz a Portugal, em 1905 resulta, de uma promessa feita a D. Carlos e D. Amélia que tinham estado em Windsor, em 1904. Chegou a Lisboa a 22 de março de 1905, com alguns dias de atraso devido aos temporais ocorridos durante a viagem. Ficou alojada no Palácio das Necessidades, residência oficial dos reis.

Vamos entrar neste universo de conto de fadas para adultos e sentar-nos à mesa com três rainhas (D. Maria Pia, D. Amélia e Alexandra do Reino Unido) e um rei (D. Carlos). Algumas semanas antes, D. Maria Pia, anfitriã requintada, elaborou várias listas dos serviços a serem transportados do Palácio da Ajuda para o Paço de Sintra. Essas listas incluíam os serviços mais luxuosos de prata, peças e talheres da baixela Germain, Veyrat, Maison Odiot, por exemplo. As listas requisitavam também os vidros mais elegantes como os cristais Baccarat, serviços adquiridos em Viena, na  J&L Lobmeyr, e em Murano, na Compagnia di Venezia e Murano. E claro, as melhores porcelanas das coleções reais, das marcas Haviland Limoges, Meissen et Sèvres . D. Maria Pia adquiriu a maioria destes serviços esplêndidos, nas suas viagens pela Europa, gastando uma fortuna para enriquecer as coleções da Casa Real Portuguesa.


24 de março de 1905

A manhã começou com uma viagem de comboio até Sintra. As comitivas reais visitaram a vila, o Palácio e o Parque da Pena. Pouco depois das 13h, o almoço foi servido para 40 convidados, na Sala das Pegas do Paço Real de Sintra. Os arranjos florais patentes na mesa do almoço eram essencialmente feitos com camélias, violetas, rosas, lilases e lírios do vale (estes vindos de Paris), sendo a flor favorita da rainha Alexandra.

O menu foi impresso em Paris, na Maison Maquet, uma papelaria conceituada, fornecedora de artigos de luxo para várias cortes europeias. A partir de meados do século XIX, está na moda “o serviço à russa”. Consistia em apresentar aos convidados uma sequência de iguarias que começava com pratos ligeiros (cada prato com a sua bebida correspondente) e terminava com sobremesas.





Petits pains à l’Allemand
Pãezinhos à Alemã
Langue à l’Ecarlatte
Língua Escarlate
Canapè de Thon
Canapé de Atum
Consommé Chancelière
Consomé Chancelière
Oeufs à la Montglas
Ovos à Montglas
Saumon à la Genevoise
Salmão à Genovesa
Tournedos à la Bordelaise
Tornedós à Bordalesa
Mousse de foie-gras à la Reine
Mousse de foie gras à la Reine
Poulardes de Bresse sauce Périgord
Galinhas de Bresse com molho Périgord
Asperges glacées sauce Tartare
Espargos frios com molho Tártaro
Pouding à l’Ecossaise
Pudim à Escocesa
Glace Vivienne
Gelado Vivienne
Patisserie – Pièce en nougat
Pastelaria – Peça de nougat
Cafee – Vins – Liqueurs
Café – Vinhos – Licores


O almoço terminou às 14h15. Um almoço de conto de fadas onde brilharam o luxo da decoração, o requinte dos pratos e a elegância dos convidados. Um almoço exclusivo e sofisticado que encantou a rainha Alexandra e todos os convidados.

Ficou deslumbrado/a com este evento? Quais foram os pratos que mais gostou de provar?   

terça-feira, 7 de abril de 2020

Visita imaginária nº2 - Amores proibidos - na ficção e não só


Se há tema que desperta a nossa curiosidade é o amor. Se há amor que nos cativa é o  proibido. Histórias de quem se apaixonou, amou e não devia … os valores, os princípios de uma determinada sociedade, numa certa época, dão este qualificativo a muitas histórias de amor. Foram muitos os casais perseguidos, condenados, aprisionados e, foram também alguns os que conseguiram vencer os padrões sociais, morais e éticos.
São essas histórias de amor feitas de obstáculos, de fugas e lutas que nos levam a uma visita imaginária. Vamos ao encontro de histórias de amores proibidos que, na ficção ou na realidade, deixaram a sua marca na memória coletiva. Histórias com desfechos trágicos e histórias com finais felizes.


            1) Na mitologia e na ficção



Ariadne e Baco – Primeiro amor desiludido, segundo  amor à primeira vista

A mitologia está repleta de histórias de amor … há duas personagens que simbolizam aquela dimensão tão romântica e idealizada do amor à primeira vista: Ariadne e Baco. A vida amorosa da bela Ariadne começa de forma triste: abandonada por Teseu, fica desamparada e de coração dilacerado na ilha de Naxos. Quando menos esperava, apareceu o deus Baco na ilha. E foi nesse primeiro encontro, nessa primeira troca de olhares, que Ariadne e Baco (uma mortal e um deus) se apaixonaram à primeira vista. O amor feliz de Ariadne e Baco são a inspiração do aclamado pintor renascentista Ticiano que, neste quadro, imortaliza esta história improvável.



Maria Eduarda e Carlos da Maia – o fogo da paixão, o horror da revelação  

Se há uma história de amor que na ficção ficou para sempre, é a de Carlos da Maia e de Maria Eduarda, no romance de Eça de Queirós, Os MaiasAqui deixamos alguns excertos do romance para reconstituir esta história de um amor proibido no século XIX:

- Primeira vez que Carlos da Maia vê Maria Eduarda (no peristilo do Hotel Central, no Cais do Sodré): “Entravam então no peristilo do Hotel Central (…) uma senhora alta, loira, com um meio véu muito apertado e muito escuro que realçava o esplendor da sua carnação ebúrnea. Craft e Carlos afastaram-se, ela passou diante deles, com um passo soberano de deusa, maravilhosamente bem-feita, deixando atrás de si como uma claridade, um reflexo de cabelos de oiro, e um aroma no ar.”

- O primeiro beijo, em casa de Maria Eduarda, na rua de S. Francisco (atual rua Ivens): “ Ela ergueu-se bruscamente , ele também – e assim ficaram, mudos, cheios de ansiedade, traspassando-se com os olhos, como se se tivesse feito uma grande alteração no Universo, e eles esperassem, suspensos, o desfecho supremo dos seus destinos …  (…) E Carlos beijava-lhe as mãos, ora uma, ora outra, e as palmas, e os dedos, devagar murmurando apenas:

- Meu amor! Meu amor! Meu amor!”


 2) Na vida real – amor proibido, amor não vencido



Se há um escritor que escreveu sobre o amor mostrando as várias faces deste sentimento tão complexo, misterioso e poderoso, foi Camilo Castelo Branco. Tão bem escreveu porque tantas histórias de amor vivenciou … irrequieto, inconstante, colecionou histórias feitas de paixão, de arrebatamento, de aventuras … provocador, ignorou padrões sociais e morais. Mas, houve uma história que o prendeu e que o ligou até ao seu fim a uma mulher. Ana Plácido é o grande amor de Camilo. A história de Camilo e Ana não termina como a de Simão e Teresa, os heróis trágicos do seu romance Amor de Perdição.

Em 1849, Camilo conhece Ana num baile de Carnaval quando esta tinha 17 anos e já estava para casar. A verdade é que, apesar de arrebatamento amoroso, Ana casou com um homem que tinha feito fortuna no Brasil, Manuel Pinheiro Alves. Camilo seguiu com a sua vida de boémia, escrita compulsiva e, veio a fama. O reencontro dá-se em 1858 e iniciam então uma relação considerada escandalosa para a época. Fogem para Lisboa, são perseguidos pela justiça, vão para prisão … mas não desistem! 

A tempestade ultrapassada, vão viver para S. Miguel de Ceide, onde Camilo acabará a sua existência. É Ana que o acompanhará sempre e apesar da sua inconstância, do seu temperamento, é Ana que ele nunca mais deixará.

Agora vamos a uma história de amor proibido que chocou o seu tempo. Uma história feita de muitas peripécias, de dor mas de muita luta e de vitória. Um caso que fez correr tinta nos jornais.























                                                                    Maria Adelaide

  Lisboa, Palácio de S. Vicente, na Graça, 13 de novembro de 1917

Maria Adelaide, rica herdeira do fundador do Diário de Notícias, Eduardo Coelho, abandona o marido para se juntar ao seu grande amor, o motorista Manuel Claro. Ela com 48 anos, ele com 26. Um romance que abalou a família e a sociedade da época. Fugiram para Santa Comba Dão, onde foram descobertos pelo marido e filho desta. Resultado?


                                                                      Manuel Claro

O motorista foi preso durante quatro anos. Ana visitava-o na prisão, disfarçada de lavadeira. Contudo, desconfiado, o marido conseguiu que médicos de renome como Egas Moniz e Júlio de Matos redigissem relatórios médicos em que foi atestada a insanidade de Maria Adelaide, e assim, foi-lhe retirado o direito à herança da família e foi internada no Hospital Conde Ferreira, no Porto. Chegou a fugir do hospital com a ajuda do amante mas foi apanhada e voltou a ser internada.
Só a partir de 1944, Maria Adelaide e Manuel puderam reencontrar-se e viveram juntos, no Porto, até morrer. Ela mudou o seu nome para Maria Romana Claro. Um amor perseguido, os obstáculos vencidos, um amor para a vida!


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Primeira visita Imaginária- em Sintra, nos passos de Carlos da Maia


Na nossa primeira visita imaginária, vamos viajar até ao século XVIII. Entremos nesta cápsula do tempo! O desafio é simples: vamos passear até Sintra e seguir os passos de Carlos da Maia.

 1)     Preparação para a visita
 Primeiro, vamos imaginar que somos uma personagem do romance Os Maias de Eça de Queirós. Uma personagem imaginária que cada participante vai criar. Assim, começamos por partilhar alguns excertos da obra para poder escolher a roupa, os acessórios e o penteado, de acordo com os costumes e gostos da época. Preparados?


Para as senhoras:
“ Voltou-se, viu Maria Eduarda diante de si (…) Ela, com um vestido simples e justo de sarja preta, um colarinho direito de homem, um botão de rosa e duas folhas verdes no peito (…)”
“Depois, ao voltar-se, viu de repente a Gouvarinho (…) Estava com uma toilette inglesa, justa e simples, toda de casimira branca, de um branco de creme, onde as grandes luvas negras à mosqueteira punham um contraste audaz:  e o chapéu preto também desaparecia sob as pregas finas de um véu branco, enrolado à volta da cabeça, cobrindo-lhe metade do rosto, com um ar oriental (…)”
Para os senhores
“ (…) a maior parte dos homens (…) com jaquetões claros, e de chapéu-coco (…) de sobrecasa.”

 2)     Ponto de encontro e meio de transporte:

“Na manhã seguinte, às oito horas pontualmente, Carlos parava o break na Rua das Flores, diante do conhecido portão da casa do Cruges (…).”

 3)     Itinerário:

- Amadora - “Felizmente estavam chegando à Porcalhota. O seu vivo desejo seria comer o famoso coelho guisado.”


- Chegada à vila de Sintra, Palácio da vila - “E foi o que mais lhe agradou – este maciço e silencioso palácio, sem florões e sem torres, patriarcalmente assentado entre o casario da vila, com as suas belas janelas manuelinas que lhe fazem um nobre semblante real, o vale aos pés (…) e no alto as duas chaminés colossais, disformes, resumindo tudo, como se essa residência fosse toda ela uma cozinha talhada às proporções de uma gula de rei (…).”


- Check-in no Hotel Nunes (perto do Palácio da Vila) e almoço 

“Que isto quando a gente vem a Sintra, é para abrir o apetite e fazer bem à barriga.”

- Passeio pela vila até Seteais

“Eram duas horas quando os dois amigos saíram enfim do hotel, a fazer esse passeio a Seteais, que desde Lisboa tentava tanto o maestro (…) Via-se o Castelo da Pena, solitário, lá no alto. E por toda a parte o luminoso ar de abril punha a doçura do seu vestido.”


- O Hotel Lawrence 

 “Defronte do hotel Lawrence, Carlos retardou o passo, mostrou-o ao Cruges (…) Um som de rodas interrompeu-os, uma caleche descoberta (…) Parara diante da grade donde se domina vale. E dali, a rica vastidão de arvoredo cerrado (…) um declive da serra (…)”



- Estrada do Lawrence a Seteais 

 “ Sintra não são pedras velhas, nem coisas góticas … Sintra é isto, um pouco de água, um bocado de musgo … Isto é um paraíso.”
“Cruges agora admirava o jardim por baixo do muro em que estavam sentados. Era um espesso ninho de verdura, arbustos, flores e árvores (…) noutros recantos, aquele jardim de gente rica, exposto às vistas, tinha retoques pretensiosos de estufa rara, aloés e catos (…) pinheiros bravos, lâminas de palmeira (…)”

- Seteais - “Mas, ao chegar a Seteais, Cruges teve uma desilusão diante daquele vasto terreiro coberto de erva, com o palacete ao fundo, enxovalhado, de vidraças partidas, e erguendo pomposamente sobre o arco, em pleno céu, o seu grande escudo de armas.”


“ (…) no pleno resplendor do dia, destacando vigorosamente num relevo nítido sobre o fundo de céu azul-claro, o cume airoso da serra, toda cor de violeta-escura, coroada pelo Palácio da Pena, romântico e solitário, com o seu parque sombrio aos pés, a torre esbelta perdida no ar, e as cúpulas brilhando ao sol como se fossem feitas de ouro.”

 4)    Jantar no Hotel Lawrence 

   – Menu: bacalhau à Alencar, queijadas e vinho de Colares.

 5)    Check-out 

  “Partiram. Sintra ficava dormindo ao luar.”









quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Nos passos do Marquês de Pombal

Se há uma figura histórica que marca diferentes épocas e que divide opiniões é  Sebastião José de Carvalho e Melo.

A obra que construiu e toda a documentação existente relacionada com a mesma, mostram-nos uma figura densa, complexa e multifacetada. O percurso diplomático e político, a vida familiar e os projetos científicos em que se envolveu, são espaços a serem explorados para melhor compreender o homem que se tornou Marquês de Pombal aos 71 anos.

Figura controversa, temida, trabalhador árduo e disciplinado, menosprezado pelas famílias da grande nobreza do reino, amante das ciências e das artes, homem de família e visionário.

Na visita que está a ser preparada, (prevista para fevereiro 2020), vamos seguir os passos de Sebastião José e descobrir as peripécias e a odisseia da figura que fundou o estado moderno. Pelo caminho, histórias insólitas, algumas cómicas outras trágicas, um percurso minuciosamente controlado, memórias de família, encontros cruciais com homens do mundo.

Para esta visita, uma obra de Paulo Larcher, O Tintureiro Francês

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

A vida na corte de D. João V: luxo e extravagâncias

 Este domingo 10 de novembro, voltamos a ter uma edição da visita "os segredos do Palácio e Convento de Mafra". Vamos recriar o quotidiano da corte no reinado de D, João V: luxo, festas, ouro, diamantes e muitas extravagâncias!

O magnífico aparato de todas as cerimónias, banquetes e festas tinha objetivos bem claros: dar visibilidade ao poder absoluto do rei e mostrar o esplendor e prestígio de Portugal. No romance de José Saramago, O memorial do Convento, são vários os capítulos que nos transportam para este universo privilegiado do mundo da corte de D. João V.

O gosto pela música barroca, pela dança como a pavana e o minuete, a admiração pela moda francesa e o fascínio pelo bom gosto marcaram este reinado. Fora da corte, a miséria, a fome, as injustiças e grandes assimetrias sociais. Um rei, dois mundos, uma obra.

A obra, ela, é monumental. Uma obra para a posteridade! Um projeto faraónico que mobilizou mais de 50000 operários e recursos vindos de todo o mundo. O sonho de um homem, rei, a obra de um povo.

Venha connosco seguir os passos de Baltasar e Blimunda, de D. João V e de muitas personagens do século XVIII.

Esta visita já se encontra esgotada. Nova data em breve!

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Nos passos de Blimunda e Baltasar - a epopeia do Convento e Palácio de Mafra

Já este domingo 27 de outubro, vamos viajar pelo tempo e recuar até ao século XVIII. Na visita "os segredos do Palácio e Convento de Mafra", vamos reconstituir a impressionante e memorável epopeia da construção deste edifício imponente.

Vamos imaginar que somos parte do imenso povo que acorreu a Mafra no dia da sua sagração. Para pintar esta cena, um romance: o Memorial do Convento, de José Saramago:

 “Enfim chegou o mais glorioso dos dias, a data imorredoira de vinte e dois de outubro do ano da graça de mil setecentos e trinta, quando el-rei faz quarenta e um anos e vê sagrar o mais prodigioso dos monumentos que em Portugal se levantaram."

São muitos os segredos que aquelas pedras guardam. Aqui se instalou toda a Corte no ano de 1806/1807, na atribulada época que precedeu as Invasões Francesas. Em Dezembro de 1807, as tropas francesas alojaram-se no Palácio. Também D. Pedro V vinha com sua mulher, a rainha D. Estefânia,  passar algumas temporadas em Mafra.

 Estas e muitas histórias de quem por cá passou, de quem viu e assistiu a esta obra colossal. Heróis, muitos e muitos permaneceram anónimos. Blimunda e Baltasar guiarão os nossos passos! Através da arquitetura, vamos descodificar mensagens cruciais.



Juntem-se a nós para uma visita cheia de memórias!

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Sugestão de leitura para descobrir o quotidiano no Estoril na II Guerra Mundial

Há histórias e memórias que ainda são pouco conhecidas e que vale a pena, definitivamente, contar, descobrir e preservar.

Durante a II Guerra Mundial, apesar da neutralidade de Portugal, foram aos milhares os refugiados, os espiões, os diplomatas que passaram por Portugal. A verdade é que as histórias que estes por cá deixaram ainda continuam na sombra da Memória.

Falamos de histórias insólitas, histórias trágicas, memórias dilacerantes, recordações de crianças! 

Muitos hotéis e pensões do Estoril a Cascais guardam histórias incríveis. Os refugiados com poder social e financeiro permaneceram por períodos diversos hospedados naquelas localidades. Passavam o dia a caminhar à beira mar, dar mergulhos, ir ao Casino e, organizar a sua próxima viagem, para fugir desta Europa mergulhada no caos e na escuridão. 

Famílias de grande fortunas e poder que encontraram em Portugal um porto de abrigo provisório. Homens, mulheres e muitas crianças que sobreviveram a esta tragédia da Humanidade.

Para breve uma visita: os refugiados dourados - o Monte Estoril na II Guerra Mundial.

Até lá fica esta sugestão de leitura:


Um almoço de conto de fadas - à mesa com três rainhas

A nossa terceira visita imaginária convida-vos a descobrir um almoço muito especial. A ideia é simples: imaginemos que vamos participar no...